Química: Feita por Pessoas!

Por:  Marcos Diego Lopes

O homem na observação de sua natureza percebe muitas relações existentes entre ele e o ambiente. No entanto só depois que começou a registrar suas descobertas e observações e comunicar suas ideias, é que teve início a ciência moderna.

Figura 1: Concepção de Universo.(Frase by Douglas Adams). Fonte: O autor


Todas as ciências podem ser agrupadas em duas grandes divisões: as ciências biológicas (que trata das coisas vivas) e as ciências físicas (que trata das relações naturais que nos cercam).

As ciências físicas são basicamente subdivididas em três conceitos básicos:

1- Matemática que é a ciência dos números. Ela nos dá meios para expressar as relações que observamos na natureza e para realizar cálculos úteis e necessários. Pode-se chamar também da língua da ciência;

2- Física é a ciência que, basicamente, estuda a matéria e a energia. Ela procura explicar o comportamento e as relações entre as duas no universo;

3- Química é a ciência que trata da estrutura e composição dos materiais e das mudanças na composição dos mesmos;

Quero discutir o terceiro item, tentando definir e construir uma pequena lógica deste conceito.

A Química é o ramo da ciência que estuda as transformações da matéria, decorrente as reações químicas, onde uma substância se transforma em outra, de propriedades muito diferentes. 

De forma qualitativa e quantitativa as “coisas” existentes no universo possuem cheiro, sabor, cor, brilho, estado físico (sólido, líquido ou gasoso) e a capacidade de continuar a sofrer alterações.

A experimentação química sofreu grandes desenvolvimentos a partir dos meados do século XVIII, com os estudos do francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794). Ele publicou o Traité Élémentaire de Chimie (Tratado elementar de química), estabelecendo como ideia o princípio (ou lei) da conservação da matéria de que “nada na natureza se cria ou se perde, e sim se transforma”.

Figura 2: Tratado elementar de química. 
Fonte: http://quimicadobruno.wordpress.com/


Até 1920, houve um grande esforço de uma longa série de cientistas em busca da evolução da Química, reconhecendo e identificando cerca de 90 elementos.

Desses cientistas quero destacar o trabalho de alguns como John Dalton, que em 1808 idealizou os elementos que constituíam quimicamente a matéria de átomos. Amadeo Avogadro (1811) que formulou algumas leis gerais do comportamento dos átomos combinados ou moléculas. Justus Von Liebig (1803-1873) que sistematizou a química orgânica e teve influência significativa na profissão de químico. Do russo Dmitri Ivanovitch Mendeleev (1829-1896) que concretizou a tabela periódica. O primeiro Nobel de Química, Jacobus H. Van’t Hoff (1901) que desenvolveu trabalhos das leis das reações e soluções. Svante Arrhenius (1903), da Suécia, pela sua teoria explicativa do comportamento dos eletrólitos em solução. Em 1920, Walther Nernst, fez descobertas importantes em Termodinâmica.




Figura 3: Antoine Laurent Lavoisier, o precursor dos cientistas químicos. Fonte: O autor

Porém, quero dar um destaque especial a Marie Curie, que recebeu o premio Nobel em 1911, pela descoberta dos elementos radioativos rádio e polônio. Que com essa contribuição para Química Moderna, pode se alcançar a idéia de que os átomos não eram mais considerados indivisíveis; pois ali estavam átomos de elementos que explodiam, lançando pequeninas partículas e radiação de alta energia. Abrindo um campo inteiramente novo para os físicos explorarem: a estrutura interna dos átomos.

Essas investigações deram novos rumos para investigação química e/ou para a compreensão química, desenvolvendo generalizações que descrevem o comportamento da natureza para o alcance das leis e princípios que regem a natureza.

Os cientistas acreditam na existência de regularidade na natureza. Onde tudo no universo se comporta de modo regular e que o homem pode descobrir e compreender as regras naturais de comportamento. Os químicos, como os outros cientistas, esforçam-se para explicar grande número de observações e ideias, desenvolvendo princípios gerais ou generalizações.

REFERÊNCIAS

METCALFE, H. Clark; WILLIAMS; John E.; CASTKA, Joseph F.; SILVA MELLO, Luiz Jorge, Química Moderna: curso programado, 2ª edição. Rio de Janeiro-RJ: editora Renes, 1971. 
VANIN, José Atílio, Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo, SP: editora Moderna, 1994.


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