As dificuldades de aprendizagem!

Por Evelise Gaio

Alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem constituem uma realidade encontrada com grande frequência nas salas de aula. Entretanto, até que o diagnóstico seja feito, muitas vezes esses alunos são tachados de preguiçosos, lentos e até mesmo desinteressados, tanto por parte dos professores e alunos e até mesmo por parte da família, prejudicando dessa maneira, a autoestima da criança.

Barros (s/d) afirma que as dificuldades podem vir de fatores orgânicos e emocionais e aponta como importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes, a fim de auxiliar o processo de desenvolvimento educativo.

Geralmente, o diagnóstico é realizado quando o professor percebe algumas dificuldades que interferem na escrita, leitura e aritmética. Alguns autores apontam que as interferências ocorrem também, na realização de outras atividades e no relacionamento com os familiares e amigos.

É de suma relevância que o professor - bem como as outras pessoas envolvidas no processo de aprendizagem, estejam atentos às dificuldades apresentadas pelas crianças, notando se ocorrem sempre ou se são momentâneas.

Domingos (2007) aponta que, na maioria das vezes, a criança que apresenta alguma dificuldade de aprendizagem possui atitudes anormais em áreas especificas, como, por exemplo, “uma incapacidade de identificar letras e consequentemente as palavras” (DOMINGOS, 2007, p. 18), entretanto se desenvolve bem em outras áreas. 

Para a autora “uma área do cérebro não funciona adequadamente [...], enquanto que o restante do cérebro está intacto” (DOMINGOS, 2007, p. 18), o que a mesma denomina de disfunção cerebral, que geralmente afeta áreas específicas como a linguagem, a escrita, o calculo, a motricidade, o raciocínio, entre outras.

As principais disfunções são a disfasia (dificuldade na linguagem), dislexia (dificuldade na aquisição da leitura), a disgrafia (dificuldade parcial da escrita de uma língua), disortografia impossibilidade de visualizar a forma correta da escrita das palavras), discalculia (incapacidade de compreender o mecanismo do cálculo e solução de problemas), dislalia (dificuldade na pronuncia de palavras), e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH (problema de ordem neurológica que traz consigo sinais de desatenção, hiperatividade, inquietude).

É importante ressaltar a relevância do papel do professor, bem como o apoio da família quanto à descoberta destas dificuldades nas crianças. No entanto, deve-se ter a percepção de que os mesmos não possuem formação específica para diagnosticá-las ou trata-las, procedimentos este que deve ser realizado por psicólogos ou psicopedagogos. Cabe ao professor observar e auxiliar o aluno no seu processo de aprendizagem, motivando o e dando-lhe as devidas oportunidades a fim de que o mesmo descubra as suas potencialidades.

REFERÊNCIAS:

BARROS, Jussara de. Dificuldades de Aprendizagem. Disponível em: http://www.brasilescola.com/educacao/dificuldades-aprendizagem.htm. Acesso em: 17 set. 2013.

DOMINGOS, Gláucia de Ávila. Dificuldades do Processo de Aprendizagem – 2007. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0126.pdf. Acesso em: 17 set. 2013.

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